Guardas municipais (GMs) que participaram da greve dizem que estão sendo remanejados de cargos e funções como forma de retaliação por terem aderido à paralisação.
A denúncia é dos próprios trabalhadores e chegou ao Sindicato dos Servidores e Funcionários Públicos Municipais de Limeira (Sindsel), que encaminhou pedido de apuração ao Ministério Público.
De acordo com um dos guardas líderes da paralisação, que preferiu não se identificar, funcionários que trabalhavam em grupos especializados foram transferidos para locais isolados. “A atitude é prejudicial para o guarda e para a população. Um dos funcionários trabalhava na viatura e, para esse tipo de serviço, há um treinamento básico necessário. Ao retornar da paralisação, foi deslocado para um centro comunitário e, no seu lugar, colocaram uma pessoa inexperiente. A justificativa utilizada pelo secretário da Segurança, Siddhartha Carneiro Leão, é que o agente não oferece mais confiança para estar no cargo”, completa.
Em outra transferência, o guarda integrava o grupo Naja. “Um trabalhador investiu mais de R$ 20 mil em cursos e treinamentos para atuar na equipe. Colaborou com a estruturação da escola de formação da GM. Para isso, ele fez empréstimos e até vendeu um carro. Durante a greve, a liderança pediu para ele entregar um documento aos vereadores na Câmara Municipal. Por causa dessa atitude, ele foi deslocado da função, mesmo sem conhecer o que estava escrito no impresso entregue às autoridades. Porém, o caso mais grave envolve um guarda que, por questões de saúde, deve trabalhar acompanhado de outro agente. Ao final da greve, colocaram o funcionário em um local sozinho e ele teve sérios problemas de saúde”, conta.
Um outro guarda informou à Gazeta que foi deslocado após participar da manifestação. “Antes da paralisação atuava na sede da GM. Quando acabou o movimento, colocaram-me em um local isolado”, explica.
De acordo com a presidente do Sindsel, Eunice Lopes, o sindicato recebeu as reclamações e tenta saber com a Prefeitura a causa das transferências. “Tentamos conversar com as autoridades, mas não fomos recebidos. Diante da situação, encaminhamos pedido de apuração ao Ministério Público, finaliza.
SECRETÁRIO
Em entrevista à Gazeta, o secretário de Segurança Pública, Siddhartha, informou que não há retaliação na coorporação. “Há um grupo de funcionários que não se conforma com a liminar da Justiça que determinou o fim da greve e procuram desestabilizar a Secretaria da Segurança Pública, com isso, tentam encontrar defeitos”, conta.
De acordo com o secretário, a situação está normal. “Mesmo com as críticas, que são insuportáveis, o trabalho na equipe está normal”, finaliza.
FONTE: GAZETA DE LIMEIRA
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Comments
0 Response to 'GMs relatam retaliação após paralisação; secretário nega'
Postar um comentário